sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Glacê

Ao som de gotas de chuva estalando na janela
E em outras cinco janelas, elas
Um poema glacê
Pois tudo sobre mim é doce
Fleur Chérie
Sobre morangos e melodias
Sobre dúvidas e temperos
Sobre a tortura e a carência
Sobre o passado e o desejo
Sobre você e eu

Fleur Chérie.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Canela, limão e amarelo

Essa boca doce
Não sei, me confunde
E quando penso que acertei, vem a romã
Esses lábios cor de romã
Não consigo parar de beija-los –ou morde-los
E tem os olhos, cor de
Não sei, me confundem
E quando penso que acertei, vem a melodia
Esses seus olhos, que são melodia pura e que coram minhas bochechas inflamadas
E tudo sobre você me deixa assim, boba, derretida, envergonhada
Completamente apaixonada
Seu riso muito mal escondido, seus dedos compridos, seu cheiro de canela, limão e amarelo
Todas as cores do seu carinho
Eu preciso desesperadamente do seu sorriso
E que seus dedos entrelacem meus cabelos
E que seu hálito quente sopre meu rosto
E que nossos olhares –envergonhados– se cruzem e façam música e amor
E que todas as luzes coloridas da cidade se acendam ao nos ver passar
E que toda a sua doçura possa ser deliciada

E principalmente, que tenha gosto de morango. 

Eu, que sou feita de Amor

Cada face com sua metade 
E pra cada metade, um Amor inteiro.
Coração inteiro, corpo inteiro, alma inteira
Olhos pela metade -e você gosta- mas um olhar inteiro.
E tudo infinito, pois sou infinitas vezes
E o Amor que eu sinto é maior que eu,
Maior que você 
Maior que todas as faces, todas as marés e toda a minha tristeza infinita.