sábado, 6 de novembro de 2010
Terça-feira de carnaval
Abri as janelas, as cortinas
Os bules de chá e as gavetas
E sentei no pé da cama com os dedos tocando o céu
E marquei o tempo
Eu já contei demais
Ensaiei o carnaval
Eu sei de cór as vezes
São de outros carnavais
Abri os braços fingindo ser um gigante
E quis que as formigas fossem minhas anãs
E quis que o mundo todo fosse meu anão
Um vento frio me enganou e entrou pela janela
Não era quem eu esperava
Talvez viesse de muito longe
E ele me fez anã, se fez gigante
Dançávamos agora eu e o vento frio forasteiro
E a cena foi exatamente
Como eu havia ensaiado
Como eu havia imaginado
Só não entendo esse sorriso.
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