A gente sorri
Mas esconde nos dentes
Uma incerteza onipresente
Uma mágoa ardente
Que quando mal digerida
Dá sinal de gastrite
E se os olhos delatam
E deságuam o desespero
O medo dilata
A dor que mastiga o peito
Ensaiamos uma dança
Que bailamos sozinhas
Cada qual com seu compasso
Cada passo, uma melodia
Esbarramos em alguns momentos
Mas se não há sintonia
A música acaba, os pés escorregam
E no final estamos sempre sozinhas
-Janeiro.2015-
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